
02 mar Uma crítica ao consumo
O mercado de luxo é uma grande potência no mundo, faturando US$ 1,4 trilhão ao redor do globo no ano passado, segundo um estudo recente realizado pela consultoria americana Bain & Company e pela fundação italiana Altagamma. Embora a quantia movimente a economia mundial de maneira positiva, algumas pessoas se preocupam com o excesso de consumismo e materialismo dos dias atuais, quando uma simples bolsa de grife pode custar alguns milhares de dólares. Pensando nisso, o artista americano thrashbird transformou pedaços de concreto no deserto de Oregon, nos Estados Unidos, em bolsas gigantes usando o design de marcas de luxo como Louis Vuitton (ao lado), Gucci, Dior, Fendi, Chanel, entre outras, na obra intitulada Valley of Secret Values (vale dos valores sagrados, em inglês). “Eu quis provocar uma reflexão sobre a maneira que nós assumimos nossa identidade por meio de objetos materiais. No entanto, nada que a gente consome é para sempre ou sequer define quem nós somos”, me contou o artista, que não divulga nome verdadeiro ou idade. A ideia para o projeto, que tem atraído fãs até de outros estados, aconteceu há três anos, quando thrashbird se deparou com esse local cheio de edificações abandonadas. Para dar vida à instalação, foi usado somente tinta, madeira descartada, pneus velhos e cordas. “Todos os dias, passamos por construções condenadas sem perceber que usamos o consumo como uma medida de sucesso, o que faz com que a nossa sociedade valorize mais as coisas materiais e o status social do que as nossas conexões uns com outros.”
Sorry, the comment form is closed at this time.